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Biografia do Piloto

Renato Goulart nasceu em São Paulo em 6 de junho de 1975, mais novo de 5 filhos de seus pais, Elci e Renato. Apesar de ter nascido na grande metrópole paulistana, Renato passou a infância viajando, principalmente para o interior de Minas Gerais-cidade onde seus pais nasceram, Uberaba -  e as fazendas de seu pai no Mato Grosso do Sul e Rondônia.

 Devido a distância e pelas dificuldades, muitas vezes encontradas nas estradas precárias que ligavam as regiões norte e centro-oeste do Brasil ao sudeste, a família possuía um avião para que pudessem ir até suas fazendas com maior facilidade. Assim, desde muito cedo nasceu a fascinação de Renato por aviões. Gostava de viajar com os pais, e o caminho pelos céus era para ele uma grande aventura. Certa vez, em uma de suas viagens para a fazenda em Rondônia, perguntou a um piloto que fora contratado pra jogar sementes na propriedade, se ele o ensinaria a voar. Marciano - sim, esse era o apelido do piloto – prontamente o colocou no velho avião. Ele tinha apenas 17 anos quando Marciano ligou o avião, o manobrou até a pista e logo que decolou, deixou Renato voar sozinho, com pouquíssimas orientações.

Apesar de seu fascínio por aviões, que só aumentou depois de seu primeiro voo, o dia a dia de sua vida corrida foi levando Renato a engavetar seus planos de aprender a pilotar, para mais tarde. Estava passando por momentos e decisões importantes na adolescência. O que ele queria ser? No que se formaria? Decidiu que queria fazer publicidade e propaganda se formando na FAAP em 2000. Ainda durante a faculdade abriu uma agência digital, criando sites para empresas, em 1996. Era considerada um negócio inovador, já que a internet nessa época ainda iria ter seu auge e ser visto como negócio só muito tempo depois. O Google, por exemplo, só iria surgiu em 1998. Após 5 anos de pioneirismo em tecnologia, Renato decidiu perseguir outro antigo sonho. Voar? Ainda não. Trabalhar na Microsoft!

Ainda em sua adolescência, em uma de suas viagens com a família ao norte do Brasil, Renato conheceu uma tribo indígena.  E algo o marcou profundamente: o cacique estava usando um computador rodando Windows! Desde essa época, pensou como a Microsoft era inovadora e como uma única empresa possibilitava que pessoas, que dizem afastadas da cidade grande, podiam usar a tecnologia para se conectar com o mundo.  Mas o caminho até se chegar a Microsoft foi um pouco mais árduo do que ele esperava. Se mudou para os Estados Unidos, onde fez seu MBA na Universidade do Sul da Califórnia, se formando em 2006.

Quando foi finalmente chamado para trabalhar na Microsoft, Renato se mudou para Seattle onde trabalhou durante dois anos. Em 2008, contudo, retornou para o Brasil. Voltando a morar no Brasil, apesar do plano ser continuar a trabalhar na Microsoft, ele fora convidado pelo pai a ir trabalhar na empresa familiar. Foi finalmente em Uberaba que Renato teve tempo livre para começar a colocar seus desejos de aprender a pilotar em prática. Mas se você espera que essa seja uma história normal do trajeto de um aspirante a piloto à um piloto de verdade, você está muito enganado. Normalmente, para se tirar habilitação para pilotar no Brasil pode-se levar em média um mínimo de seis meses.

 Três meses que são as aulas teóricas e o resto do período para as aulas práticas. Mas, com Renato, foi diferente: Ele demorou uns 5 anos até que tirasse sua carteira de habilitação. Isso porque, assim como na sua infância, Renato não parava quieto em um único lugar, e continuou viajando e se mudando. 

Durante idas e vindas entre o início de várias aulas, em diversas cidades, Renato foi chamado para trabalhar no Facebook e começou a fazer aulas em Jundiaí. Foi somente em novembro de 2014 que ele finalmente solou, seu primeiro voo sozinho, sua primeira vez como piloto em comando. Após, alguns outros voos, recebeu sua habilitação que lhe permitiria alçar voos pelo mundo.

Renato é habilitado como piloto privado, -que condiz não fazer voos comerciais, ou seja, receber como piloto- em aviões monomotores e vôos visuais- que implica voar usando referências no solo, em períodos diurnos e bom tempo. Apesar, de nunca ter participado de encontros de aviação e, nunca ter pensado de fazer a aviação uma profissão, ele decidiu ter seu próprio avião experimental. Agora poderia voar de verdade, sempre quando quisesse. Com a realização de mais um sonho, não demorou muito, Renato já estava com a cabeça nas nuvens – literalmente – planejando seu próximo grande projeto, iria dar a volta ao mundo em seu avião. Porém mais uma vez, devido a seu trabalho que exigia muito de seu tempo, por algum tempo, essa nova aventura ficou adormecida. Na correria do seu dia a dia, do seu noivado que estava próximo, parecia não ter espaço para colocar em práticas ideias tão mirabolantes.

Certo dia, a vida lhe surpreendeu novamente. Dessa vez, não fora o trabalho, ou outra viagem, mas o fim inesperado de seu relacionamento. Porém, Renato sempre acreditou que o inesperado também apresentava oportunidades, decidindo-se assim, seguir em frente com seu projeto. Planejou como adaptaria seu pequeno avião para uma viagem ao mundo, formou uma equipe de apoio com a qual trabalha diariamente até hoje, e decidiu que conheceria o mundo voando o Wanderlust, nome dado ao seu avião.

Voar ao redor do mundo rapidamente se tornou não só a realização de mais um grande sonho, mas um projeto com uma proposta excitante. Trabalhando em empresas de Tecnologia, como a Microsoft e atualmente, o Facebook, ele percebeu que a tecnologia poderia ser usada de diversas formas para melhorar o mundo em que vivemos. A tecnologia pensada para resolver problemas que hoje são considerados  impossíveis, com grandes ideias e pequenos projetos ao redor do mundo.

E foi assim que Renato se transformou de um menino que vivia à espreita nas janelinhas dos aviões, vendo o mundo tão grande lá embaixo, em um (sem querer*) piloto explorador, evoluindo de voltas ao mundo imaginárias a circum-navegações globais no mundo real. Porém algo nunca mudou... o de ver nosso planeta como um grande e infinito mundo de possibilidades.

Brink

Expedition

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